TRIBUTO A UM HERÓI
(Hino
ao P. Antônio Vieira, após narrativa de sua morte)
Por
André de Barros
Sobe, ó alma grande, à Pátria dos Grandes.
Sobe, ó Fênix dos engenhos;
Sobe, ó Águia Real, a fartar-te
de entender,
de investigar e de beber incessantes
resplendores e Sol.
Sobe, ó coração forte, invicto
e maior que o Mundo,
porque já tua grandeza não
cabia nele.
Vai-te, ó ânimo intrépido, e,
por Palmas e Louros,
sobe a consagrar troféus lá
nesse Monte,
e Templo maior da eternidade.
Parte
feliz, ó espírito Apostólico,
a ler nos livros Divinos a
larga história
de teus velozes passos, por
areais ardentes;
de tuas fomes e sedes,
por
brenhas desertas;
de teus largos suores, por montanhas
duras;
de teu descanso, sobre a terra
fria;
de tuas fadigas, entre Bárbaros
feros;
de teus trabalhos, entre Cristãos ingratos.
Vai-te, mil vezes ditoso;
que enquanto houver homens,
te aclamará a fama;
enquanto houver engenhos, te
cederão os maiores;
enquanto houver púlpitos, se
suspirará tua voz;
enquanto houver Mundo, se ouvirá
teu nome;
enquanto houver Deus, durará
tua glória.
Nota: Texto, por nós editado, em formato de poema. Foi escrito
por André de Barros, após narrar a morte de Vieira, em seu livro: Vida do Apostólico P. Antônio Vieira. Este
texto em estilo de afetuosa apóstrofe ao Mestre, entrou na biografia
quase como apêndice.